Não, a carta ainda não chegou. Enquanto isso a gente continua aqui, com o coração na mão, impaciência, ansiedade.
Eu estava pensando nisso outro dia, como a gente fica cada vez mais ansioso, quando falta menos tempo pra coisa acontecer. Oras, se já esperamos desde dezembro do ano passado, o que são mais alguns dias ou semanas? Já faltou muito mais, hoje falta tão menos. Mas, curiosamente, é quando ficamos mais ansiosos - no final.
É como uma gestação. Nos primeiros meses, é a época da novidade, dos planos, das anotações, das compras. Quando vai chegando a hora do bebê nascer é que vem a ansiedade - como vai ser o parto? será que eu vou dar conta da criança? será que serei uma boa mãe? E dia após dia, aquele barrigão e não se sabe quando a criança nasce.
(Isso quando se opta por um parto normal, né? O meu médico dizia que nascimento de bebê não é como casamento, ele não marcava dia, era quando a criança tava pronta mesmo. Apesar da minha filha ter nascido de cesárea, esperamos pelo início do trabalho de parto. A bolsa estourou, tive contrações, mas ela estava sentada.)
Mas, eu estava comparando a nossa espera com a gravidez. Eu lembro perfeitamente das últimas semanas do meu barrigão. Eu não tinha sinal nenhum que entraria em trabalho de parto tão cedo. Por mim, certamente passaria das 40 semanas e eu já estava esperando assim. O final da gravidez não acabava nunca. Os dias eram intermináveis. Quando, finalmente, a menina resolveu nos surpreender e chegou com 39 semanas. Antes do que a gente esperava. A agonia finalmente passou, a ansiedade acabou, e a partir dali foi só alegria - e muitas noites não dormidas também, mas isso é outra história.
Essa espera é também como foi o meu noivado. Aquela expectativa pelo dia do casamento, os preparativos da festa, os dias que não passavam nunca. Até chegar o tão sonhado dia...
E agora nos encontramos assim de novo. Uma nova espera. Uma nova expectativa. Mais ansiedade. Eu tenho certeza de que daqui a uns anos, eu vou olhar pra trás e ver como o processo todo foi tão rápido - assim como, hoje, eu acho que a gravidez teve seu tempo, e o meu noivado também. Ainda assim, não consigo evitar a impaciência do hoje, do agora.
Pombo correio
Voa depressa
E essa carta
leva para o meu amor...
Eu estava pensando nisso outro dia, como a gente fica cada vez mais ansioso, quando falta menos tempo pra coisa acontecer. Oras, se já esperamos desde dezembro do ano passado, o que são mais alguns dias ou semanas? Já faltou muito mais, hoje falta tão menos. Mas, curiosamente, é quando ficamos mais ansiosos - no final.
É como uma gestação. Nos primeiros meses, é a época da novidade, dos planos, das anotações, das compras. Quando vai chegando a hora do bebê nascer é que vem a ansiedade - como vai ser o parto? será que eu vou dar conta da criança? será que serei uma boa mãe? E dia após dia, aquele barrigão e não se sabe quando a criança nasce.
(Isso quando se opta por um parto normal, né? O meu médico dizia que nascimento de bebê não é como casamento, ele não marcava dia, era quando a criança tava pronta mesmo. Apesar da minha filha ter nascido de cesárea, esperamos pelo início do trabalho de parto. A bolsa estourou, tive contrações, mas ela estava sentada.)
Mas, eu estava comparando a nossa espera com a gravidez. Eu lembro perfeitamente das últimas semanas do meu barrigão. Eu não tinha sinal nenhum que entraria em trabalho de parto tão cedo. Por mim, certamente passaria das 40 semanas e eu já estava esperando assim. O final da gravidez não acabava nunca. Os dias eram intermináveis. Quando, finalmente, a menina resolveu nos surpreender e chegou com 39 semanas. Antes do que a gente esperava. A agonia finalmente passou, a ansiedade acabou, e a partir dali foi só alegria - e muitas noites não dormidas também, mas isso é outra história.
Essa espera é também como foi o meu noivado. Aquela expectativa pelo dia do casamento, os preparativos da festa, os dias que não passavam nunca. Até chegar o tão sonhado dia...
E agora nos encontramos assim de novo. Uma nova espera. Uma nova expectativa. Mais ansiedade. Eu tenho certeza de que daqui a uns anos, eu vou olhar pra trás e ver como o processo todo foi tão rápido - assim como, hoje, eu acho que a gravidez teve seu tempo, e o meu noivado também. Ainda assim, não consigo evitar a impaciência do hoje, do agora.
Pombo correio
Voa depressa
E essa carta
leva para o meu amor...
Comentários
Boa sorte para todos nós, vou ficar de olho aqui, porque quando chegar o de vocês, o meu deve estar a caminho!
Abraços
Alvaro
Alvaro
Eu e meu marido tb estamos na espera.. Ja até fizemos o exame medico, mas falta um documento que não chega.. Esse correio parece mais lento ultimamente, não é?
Abraços e boa sorte...
Andrea
tb estou indo ao Canada em janeiro
podemos conversar?
abs,
Luciana
luh.foto@gmail.com
www.flickr.com/photos/luhfoto